Quem sou eu

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Maringá, Paraná, Brazil
Às vezes se faz necessário caminharmos contra a corrente para descobrirmos a nós mesmos. O exercício se resume em olhar nos olhos daquele que vem ao nosso encontro!

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

A LUZ DO MUNDO


Esta noite eu tive um sonho: Caminhava eu pela praia, quando percebi uma luz ao meu lado. Parei e a Luz parou junto a mim, e, uma voz soou-me aos ouvidos:- Vem Comigo! Sem exitar, caminhei com Ele por um longo tempo. Então lhe perguntei: - Senhor, para onde vamos?- Vou mostrar-lhe o portal da Vida e da Morte, para que creiais!Caminhamos lado-a-lado, como velhos e bons amigos, procurando nos conhecer. Paramos diante de uma grande escadaria, de construção muito antiga, mas bem conservada. As portas eram grandes e altas. Subimos num passe de mágica.Corri de lado a lado, observando cada detalhe, cada centímetro daquele lugar. Quando já estava quase exausto, o Senhor tomou-me pela mão, abriu o portal e disse: - Venha!Entramos em um imenso corredor. Ao fundo, uma Luz intensa irradiava vida e energia ao lugar. Jamais vira antes uma luz tão clara de brilho tão forte. Perguntei-lhe: - Senhor, que luz é essa? - Sou Eu. Respondeu-me. Eu sou a luz do Mundo, a verdadeira luz da vida. Quem crê em mim, será iluminado e estarei com ele para sempre.Percebi então, que havia muitas portas que davam para aquele corredor. Perguntei-lhe novamente: -Senhor, que são estas portas? - São os caminhos que todos precisam percorrer. São vossas escolhas do dia-a-dia. O livre arbítrio foi vos dado por amor para que sejam donos de sua escolha. - Senhor, Percebo que as portas são divididas ao meio, uma superior e outra inferior e suas fechaduras são ambas do lado direito. Qual a razão? - Filho, não basta escolher o caminho. Precisas caminhar sobre ele. Todas as portas levam a mim tal qual caminhos iluminados pelo amor. O Amor precisa ser amado. Assim, estas portas, superior e inferior, só poderão ser abertas ao mesmo tempo, com a mão direita. - Senhor, só temos uma mão direita! Como poderemos abri-las ao mesmo tempo?- Os Esposos perante Deus são Um. No entanto possuem duas mãos direita. Os solteiros, virgens, consagrados, viúvos poderão ser um com o seu próximo. Desta forma a porta escolhida se abrirá. A porta superior é a sua. É a cabeça. A inferior é a do próximo. São as pernas. Se abrires somente a superior, serás tomado pela luz da sabedoria e do entendimento. Compreenderás o caminho, mas não andarás sobre ele. Suas pernas ainda estarão nas trevas. Se abrires somente a inferior, seu caminho será iluminado, mas suas pernas obedecerão uma cabeça sem luz. Seja luz e sabedoria, assim, caminharás com segurança na direção certa e jamais estarás só. - Senhor, percebo vários fachos de luz que dividem estas portas como se fossem quarteirões. Eles não têm a mesma intensidade da Vossa luz. Quem são? - A escolha do caminho é tão somente a primeira escolha. Muitos alcançam a luz eterna. Outros perdem-se ao longo da caminhada. Estas luzes são os caminhos de volta para aqueles que precisam recomeçar. Todos os caminhos dão a mim. Uma vez feito a escolha, estarei contigo. A intensidade da tua luz depende da proximidade que manténs da fonte eterna.- Senhor, se são caminhos de volta, por que vejo pessoas tentando sair por eles? - Estão perdidos. Alguém precisa tomar-lhes pelas mãos e mostrar-lhes novamente o rumo certo. Assim, manifestar-me-ei neles e farei deles minhas testemunhas para que se cumpra o que foi escrito: “ Eis que bato à tua porta. Se abrires, entrarei e em ti farei morada. Comerei contigo e o sangue do Cordeiro será derramado sobre tua Cruz. Se creres em mim, nova Criatura serás.”
Eis então o tempo que vos anuncio o novo Caminho!

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

A FAMÍLIA E A COMUNHÃO DE BENS


A verdadeira família, instituída segundo os moldes de Deus em sua magnitude de amor, gerada em consequência de um matrimônio de comunhão e partilha - [Por isso o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher e os dois serão uma só carne - Mt 19,5] - só tem razão de ser e existir se em sua plenitude estiver inserida a comunhão total dos bens. Sem esse aspecto, vivido primeiramente pelo casal e posteriormente estendido aos filhos através do exemplo contido na relação construída entre os cônjuges, não se poderá falar em comunidade de amor.
A comunhão dos bens, não só na família, mas em toda comunidade cristã, tem uma relação muito mais ampla que somente a questão financeira ou o ato de se colocar algo em comum. Comunhão é partilha. E para partilhar, tanto no âmbito material quanto espiritual, o primeiro passo é acreditar e vivenciar a presença de Deus naquele ato. É preciso ter a consciência de que se constrói muito mais quando dividimos (no verdadeiro sentido de partilha) o que temos, sem a medida humana de querer presenciar ou obter o resultado imediato, esperado ou planejado.
A comunhão dos bens passa antes de tudo pela comunhão de almas. E é vivenciando o amor recíproco que construímos essa comunhão. É impossível compartilhar o que não temos. É impossível viver em unidade, sem construir a unidade. É impossível gerar comunhão, sem gerar Jesus em meio, ou seja, gerar a presença D’Ele entre nós.
Para colhermos o fruto se faz necessário, antes de tudo, plantar a árvore. Mas plantá-la somente não basta. Bons frutos dependem de boas sementes, de terra fértil, de cuidados diários e, acima de tudo, de uma boa poda. Uma árvore que sofre uma poda no tempo certo perde o galho ou o ramo cortado, mas ganha na qualidade do fruto que certamente virá.
A comunhão dos bens inicia-se na percepção do tudo que podemos perder em benefício daqueles que estão à nossa volta. Um perder do ter para construir um ser comunhão e um estar em comunhão.
A simplicidade da comunhão dos bens, se vivida com amor, pode transformar a vida de famílias inteiras, como a de um casal que compartilhou sua experiência num encontro de famílias que participei recentemente: “Procuro valorizar ao máximo o trabalho de meu esposo. Sei o quanto custa a ele o esforço cada vez maior em trazer o sustento para cada um dos cinco membros da família. Quando vou à cozinha preparar o almoço, meço com cuidado cada porção a ser feita. Peço a Deus que seja sempre o suficiente para que todos comam à vontade, mas que não seja nada desperdiçado. Não jogo nada fora, reaproveito as sobras usando a criatividade em novas receitas de bolinhos, tortas etc. Não é avareza. Preparo com amor toda a comida e agradeço por tê-la em casa.
Quando vou lavar a alface, por exemplo, procuro abrir a torneira o mínimo possível para que não haja desperdício, sei quantas pessoas não tem o que comer ou beber. Aproveito ao máximo as folhas da verdura, até mesmo o talinho, aquela parte mais durinha. Para minha surpresa, um dia à mesa, meu filho de cinco anos testemunhou: - Mamãe, a salada está uma delícia! Mas a parte que eu mais gosto é o durinho da folha. Faz um barulhinho quando a gente come”.
O marido completou: “Percebo o quanto é difícil para ela o trabalho doméstico e o quanto ela se coloca no amor para dar conta de tudo. Consideramos tudo que temos como se nos fosse emprestado por Deus por um determinado tempo, e que, tivéssemos de devolver a Ele, a qualquer momento, na pessoa de um irmão próximo. Ao comprar uma roupa, por exemplo, pensamos também em quem a poderia usar, quando não mais nos servisse. Assim, por entendermos que o bem não é nosso, o valorizamos muito mais ao colocá-lo em comum. E somos felizes por isso”.
A harmonia criada quando colocamos em comum o fruto do nosso esforço, gera no outro uma reciprocidade, que quando verdadeira, autêntica, leva-nos até ao sacrifício, superando tanto os problemas causados pela falta de dinheiro quanto pelo excesso. Este amor que nos capacita a dar a vida pelo outro, transborda do casal para os filhos, que entendendo os limites financeiros dos pais, tornam-se solidários com os irmãos. Não há desperdício e o que sobra é partilhado, observando a dignidade de quem recebe. Vivendo esta perspectiva do amor recíproco (a comunhão total dos bens) até mesmo os momentos mais difíceis são enfrentados corajosamente, compartilhando o peso da cruz com Jesus Abandonado(*).
A abundância não se acumula e mesmo grandes quantias são generosamente cedidas a quem mais precisa. Aquele mesmo Pai que socorre na pobreza, recompensa com o cêntuplo esta generosidade. Quando procuramos viver a comunhão dos bens, inspirados na vontade de Deus, reflete-se em nossa família o retrato da primeira comunidade cristã, que colocando tudo em comum, faziam circular um amor recíproco contagiante capaz de mudar tudo ao seu redor (At 4,32-37).
É necessário então sermos fiéis nas pequenas coisas, para realizarmos esta comunhão. É preciso renunciar ao consumismo proposto pela sociedade moderna, avaliando em unidade com o(a) esposo(a) o que realmente é prioritário como necessidade básica da família. É indispensável uma previsão de gastos mensais e o compromisso de todos em não ir além desta previsão, e se possível, constituir um modelo de poupança adequado à realidade de cada família. Adequar-se a estas despesas e proporcionar aos filhos a chance de demonstrar que também fazem parte deste comportamento é ponto fundamental para a construção da partilha.
De fato, cada vez mais, no mundo de hoje, se faz necessário a educação da vontade dos nossos filhos. O autoritarismo dos pais no passado deu lugar hoje à permissividade sem limites. Essa atitude tem formado jovens frágeis e inseguros.
A arte de educar consiste em fazer a criança descobrir todos os dons escondidos nas suas pequenas renúncias. Ela, de fato, não renuncia facilmente a uma satisfação se não for por outra ainda maior. Não se trata de dizer não e basta; mas de estimulá-la com a perspectiva de um bem maior. Dizer um não custa tanto àquele que o diz quanto a quem o escuta. Como pais e educadores, devemos estar firmemente convictos do bem que esse esforço faz na educação das crianças. O não é um dom necessário! É ele que constrói os limites dos nossos filhos e dá a eles a sã possibilidade de escolhas futuras.
Lembro-me perfeitamente de um dia em que estávamos em um supermercado, eu e minha filha Maria Clara, de seis anos, fazendo a compra para o fim-de-semana. Ela pegou um pequeno carrinho e o encheu com muitos brinquedos, doces e revistas. Vendo aquilo, aproximei-me carinhosamente e disse-lhe que naquele momento não tínhamos condições de comprar tudo aquilo. Na sua posição de criança quis saber por que não podia.
Disse-lhe: “filha, olha essa boneca. Você tem uma muito parecida com ela e só tem uma na prateleira do mercado. Se você comprar essa, uma outra criança que não tem nenhuma, não vai poder comprá-la. Não seria um ato de amor deixar essa boneca para uma outra criança? O mesmo acontece com todas essas revistinhas, não é mesmo?” Dizendo isso, fui para a fila do caixa. Minutos depois ela chegou. Percebi que havia devolvido muitas coisas na prateleira.
No caminho de volta para casa, após alguns minutos de silêncio, ela chamou-me olhando pelo retrovisor interno do carro e disse:
- Papai, você não precisa comprar um monte de presente para mim.
- É filha, por quê? Perguntei-lhe.
- Por que você já é o meu presente!
Meus olhos encheram-se de lágrimas e percebi então o quanto é verdadeiro o amor de Deus por nós. Ele não deixa passar em vão um esforço de amor. Ele não se deixa vencer em generosidade. A recompensa por tê-la amado em um pequeno gesto de comunhão, foi capaz de gerar entre nós a presença extraordinária de um Jesus que jamais nos abandonará.



(*) Expressão utilizada por Chiara Lubich (1920 - 2008) fundadora do Movimento dos Focolares – Obra de Maria, para significar o sofrimento de Jesus quando se sentiu abandonado pelo Pai. (Mt 27,46).



Nivaldo Mossato

SILVIA FLOR DE TRENTO



Oh! Longínqua Trento.
Levantai-vos de vossas cinzas.
Não mais há bombardeios,
Nem rugem as devassas metralhadoras.
As sirenes se calaram,
Tão quanto se calaram
As vozes do teu povo.


Levantai-vos, oh! Trento.
Sob seus escombros
De aço e cimento
As luzes se acendem,
Os olhos se abrem,
E uma Sílvia Flor desponta!


Levantai-vos, oh! Trento.
Há uma nova estrela
Em teu céu cinzento.
Abri-vos os olhos,
E olhai com vossos corações:
Uma nova Fênix alça vôo
Por sobre vossas colinas.


Levantai-vos, oh! Trento.
Não mais há razões
Para teu sono profundo:
Mais forte que teu choro
E teu lamento,
É o bálsamo
Do sangue de seu rebento,
Que hoje jorra
Sobre as chagas deste mundo!



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DO OUTRO LADO DA CRUZ

INÉDITO
À Chiara Lubich e Igino Giordani
por acreditarem na unidade entre os homens
e doarem suas vidas
ao construtor desta unidade:
Jesus Abandonado.
____________
Senhor, dá-me todos que estão sós...
Senti no meu coração a paixão que invade o teu,
pelo abandono em que se acha imerso o mundo inteiro.
Amo todo ser doente e só.
Quem consola o teu pranto?
Quem se compadece da sua morte lenta?
E quem estreita ao próprio coração um coração desesperado?
Faze, ó meu Deus, que eu seja no mundo o sacramento tangível do Teu amor,
que eu seja os Teus braços, que estreitam a Si e consomem em amor toda a solidão do mundo.


Chiara Lubich (1920 * 2008)
Fundadora da Obra de Maria (Movimento do Focolares)
________________
As desilusões e os sacrifícios não são nem desilusões e nem sacrifícios:
são modos para redescobrir a realidade das relações.
Deus e tu; são esvaziamentos de matéria humana para que,
no caminho aberto, penetre o espírito divino.

Os homens te deixam para que Deus te retome.


Igino (Foco)Giordani ( 1894 * 1980)
Escritor, político, bibliotecário do Vaticano
e co-fundador da Obra de Maria
( Movimento dos focolares)
______________________
O autor me faz sentir nestas poucas linhas, o amor de Deus por mim e por você, como pílulas do cotidiano, que nos capacita amar e ser amados. Na dinâmica do amor se sente a cruz, não como um peso insuportável, mas como caminho no seguimento de Jesus. “Quem quiser ser meu discípulo, toma a sua cruz, cada dia, e siga-me”. Ninguém pode dizer que é missionário e discípulo de Jesus se não assumir com coragem a própria cruz do dia a dia. Vale a pena mergulhar neste mundo como se mergulha na água, uma criança que, sem temor, deixa cativar-se pelo desejo de uma experiência diferente.

“Do outro lado da cruz” está Jesus, não tenhas medo.


Dom Anuar Battisti
Arcebispo de Maringá
________________________________
DO OUTRO LADO DA CRUZ

Olho neste momento para dentro de mim, como se olhasse um espelho capaz de refletir toda minha alma, mergulhada e manchada pelas coisas do mundo, por todos os pecados que cometi e ainda mais, pelos que sei que na minha fraqueza de homem, cometerei.
Olho as pessoas à minha volta, vejo seus problemas e suas fraquezas. Vejo suas virtudes e seus defeitos. Cada vez mais me convenço que a cruz abraçada por Cristo é nosso único caminho. A cada instante, vejo refletido neste espelho a minha, a sua, a nossa vida! Qual o caminho a seguir? Onde depositaremos nossas esperanças de mudar o que já está definido por nossos atos passados?
Nada poderá mudar o que está feito, embora possamos recomeçar a cada segundo. Nossos erros já foram pagos pelo crucificado. O que nos acompanhará, serão as conseqüências destes erros. Deus, ao nos constituir do livre arbítrio deu-nos os caminhos e o mapa do tesouro. Agora, cabe a cada um de nós, descobrirmos onde está e qual valor daremos a ele. Ao escolhermos a cruz, O encontraremos nela, crucificado e abandonado, todos os dias de nossas vidas. Não tenhamos medo. Jamais estaremos sozinhos, mesmo no abandono dos homens: “Os homens te deixam para que Deus te retome”. (Igino Giordani) Nós e Ele. Ele crucificado. Nós, tentando na nossa imperfeição de amor, galgar o outro lado da cruz: ressuscitar no Ressuscitado.
Tenhamos a certeza deste dia. Vivamos pela certeza desta promessa testemunhando com nossas vidas que a unidade não é utopia. Ela é possível se começarmos a vivê-la dentro de nós e fazê-la refletir, cada vez mais, no espelho do outro.
A escolha de Cristo é única, individual e intransferível. Deve ser refeita a cada segundo, após cada gesto, depois de cada batida do nosso coração. O pecado é meu. A dor é minha. É minha a busca do Cristo.
No entanto, a luz deste encontro, Eu e Cristo, deve-se doar à humanidade para a construção do testamento do Cordeiro: “Que todos sejam um!” Ele nos quer santos, misturados a esta multidão que parece ser esquecida, mas não é. Ele está presente em cada um, em cada ato, em cada folha que cai. Nada acontece sem o Seu consentimento ou sua vontade, mesmo que não consigamos entender Seus desígnios. Mesmo que pareça não existir Sua presença.
Busque-O. E O encontrará refletido em cada um que por vontade ou desígnio Dele, cruza o teu caminho. Nada é em vão. Tudo faz parte de um tesouro escondido em nós, do outro lado da cruz, onde mora a Vida!

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

SANTOS NO OUTRO


A busca de cada um de nós está intrinsecamente mergulhada na verdadeira razão do existir do homem. E a razão do homem, a sua estrutura, o seu ser, mergulhado na única via capaz de nos levar à realidade e realização plena, ainda em vida: - Deus!
Somos constituídos de duas faces, duas partículas distintas que livres no pensar e agir podem transformar um só ato no bem ou mal. Cabe a nós, que ainda temos um pouco de coerência no amor, decidir por milhões de pessoas que ainda nem se quer nasceram. O futuro é construído no agora. Em cada passo, em cada gesto, em cada palavra. O livre arbítrio nos dá acima de tudo, a liberdade de errar. E se errar, reconhecendo o erro, temos a liberdade, em Deus, de recomeçar. Somos novos no amor. Basta darmos o passo.
“Quem crê, nova criatura é.” A razão humana, não nos leva muito longe. Ou quando leva, não nos plenifica. Somos plenos só em Deus.
O passado, mesmo o de um minuto atrás, deve apenas nos servir de guia para que não cometamos os mesmos erros, no presente e no futuro. As amarras devem ser cortadas, mesmo que nos custe noites e noites de sono ou abandono. Não importa o quanto somos santos ou pecadores. Importa sim, estarmos sempre à caminho da santidade. Renovados Naquele que confiou uma grande missão à cada um de nós: “Que todos sejam um!”
Não importa o credo, a profissão, a cor. Sermos Um! Construir com cada um que cruza nosso caminho, uma edificante relação de amor. As cruzes são como Ouro virgem. Os sofrimentos, como diamantes brutos. O Ouro é purificado com o fogo. Os diamantes, lapidados retirando a robustez da pedra, deixando transparecer todo seu brilho, sua essência. O sofrimento lapida nossa alma. A cruz, vivida em Cristo, nos purifica e nos aproxima do oráculo do Senhor. Ele nos quer santos, refletidos e mergulhados no irmão.
Não santos do acaso. Não santos no isolamento dos conventos. Não santos, mártires da humanidade. Santos no outro. Santos do dia-a-dia dos nossos filhos. Das necessidades da nossa esposa, da nossa família. Santos dos pequenos atos de amor que transformam as pessoas que mesmo ao nosso lado, se isolam do mundo. Santos do ombro-a-ombro, misturados na multidão. Santos que caminham contra a corrente, tentando vencer a si mesmos para perder-se no outro. Mergulhemos então, no sabor da Paz, no verdadeiro sentido da vida.
Amemo-nos verdadeiramente em Cristo, deixando para trás o nosso “eu” tão mesquinho que nos obriga a cada momento ser o que não queremos ser. Somente após sentirmos a verdadeira proximidade com Ele é que poderemos valorizar as pessoas que nos são caras. Não deixemos que nossa vontade seja maior que nossa razão. Não deixemos que nossa razão seja maior que o testamento que Ele nos deixou: “- Amarás o Senhor teu Deus acima de todas as coisas e ao teu próximo como a ti mesmo.”
Estejamos sempre a caminho!

domingo, 18 de outubro de 2009

UM EMPRÉSTIMO DE DEUS

Tenho refletido muito sobre a nossa responsabilidade em relação aos nossos pais e filhos. Este é um círculo da vida no qual estamos inseridos e somos responsáveis diretos. Se olharmos para trás, vemos que somos uma continuidade da vontade de Deus para com nossos pais, e, nossos filhos, a renovação desta vontade. Temos muitas vezes a certeza que nossos filhos são nossa propriedade e os educamos como tal. Com certeza, estes serão filhos do mundo. Se somos vontade de Deus, nossos filhos são frutos desta mesma vontade. Um empréstimo por tempo determinado. E como todo empréstimo, um dia teremos que efetuar a devolução deste capital. Podemos fazê-lo crescer e multiplicar-se; Podemos simplesmente ignorá-lo, ou pior ainda, deixá-lo deteriorar-se, imerso nas coisas do mundo.
Mas, repito: - Um dia teremos que devolvê-lo!
Alguns efetuam a devolução mais cedo, outros mais tarde. Outros, são devolvidos mesmo antes de verem suas espigas repletas de grãos.
Haverá com certeza a hora da colheita. Ela será feita, e, as espigas serão ceifadas de modo que algumas servirão de sementes para um novo plantio; assim, darão novamente frutos na terra. Outras, servirão de adubo para que a terra tenha força para uma nova colheita. Mas, ai daqueles que forem jogados aos porcos!
Um bom pai planta em seus filhos uma boa semente. Semente que se bem preparada, retorna à terra para dar frutos em novas espigas. Espigas que repletas de boas sementes, serão novamente semeadas em terra fértil, continuando o círculo da vida, em Deus.
Uma boa semente precisa de bons cuidados. Um bom plantio depende de um bom clima, de uma boa terra, adubada e preparada. Depende também, da proteção contra “as pragas” que com certeza, encontraremos pelo caminho até a época da colheita.
Tem a hora certa e o tempo certo do plantio, da poda, da capina e da colheita.
É necessário proteger a semente!
Embora proteger, não significa “ocultá-la” das intempéries da vida.
Não se protege uma semente do frio, ocultando-a no calor. A proteção vem da “climatização”, ou seja, pouco a pouco fazemos com que a semente adapte-se à nova situação climática, tirando dela a melhor produtividade. É assim com nossos filhos.
Um bom pai, protege seu filho.
Não ocultando-o das “coisas” do mundo ou dizendo “Sim” para todas as suas vontades. Quem ama, diz “não”! Toda hora e vez que se fizer necessário.
Uma boa árvore dá bons frutos quando se faz a poda no momento certo.
A semente (o filho) depende de uma perfeita interação entre a qualidade do solo (o pai ) e a harmonia do clima ( a mãe ) para ter reais chances de transformar-se em boa espiga. Não é o pai ou a mãe que educa. É o resultado do relacionamento entre os dois (unidade) que irá incutir na criança a exemplificação do que se pode ou não fazer.
A verdadeira educação se faz em primeiro plano com atitudes. Posteriormente, com palavras. Vive-se, e raramente será preciso corrigir. Embora, na hora da poda, se faz necessário arrancar com convicção alguns galhos, para que possamos ver, no futuro, uma frondosa árvore dando bons frutos. E esta convicção é que nos dará respaldo para respondermos quando indagados por Deus:

“O que fizeste com as sementes que lhe dei?”




sábado, 17 de outubro de 2009

SERÁS ETERNAMENTE RESPONSÁVEL PELO QUE CULTIVAS


Pode o abacateiro dar como fruto o que é propício da videira?
Ou a videira, ter como fruto o que há de vir da macieira?
A natureza tem seu ciclo. E seu ciclo corresponde ao ciclo da vida, pensado e criado por Deus.
Uma vez que interrompemos ou modificamos este ciclo, mudamos tudo o que haveria de vir, em momentos futuros, pensado por Deus nesta relação.
Ou seja, interferimos diretamente na relação Deus - Natureza. Interferimos na própria vida do complexo Universo da criação.
Cada árvore dará seu fruto, segundo sua espécie, segundo seu tempo. Cada fruto gerará sua semente, segundo sua espécie e seu tempo.
Se apanhares um fruto que ainda não estiver granado, ou seja, que nele ainda não conter todas as características de seu gene, de sua espécie, ele não amadurece.
Apodrece e morre, interrompendo seu ciclo natural.
Toda vez que modificarmos a essência de uma semente, ceifamos seu ciclo natural. Transformamos seu gene, modificamos suas características e por tanto, sua espécie.
Quem ainda não experimentou uma fruta enxertada, tendo seu sabor modificado pelo homem?
Um suco de laranja-pêra, mela-manga, caju-manga ou tantos outros modificados na sua essência?
Assim é a humanidade.
Fruto do meio onde vive. Fruto dos exemplos que damos. Fruto de uma árvore geneticamente modificada pelo conflito de gerações, pelo esquecimento da sua origem, pelo fracasso da família dizimada pelo “poder do ter”.
Seres modificados na sua essência pelo rompimento do ciclo original, pensado e criado por Deus.
Assim são nossos filhos: Galhos de uma videira, prestes a dar como fruto a uva.
Galhos de um abacateiro, prestes a dar abacate.
Assim serão nossos filhos.
E filhos são seres eternos!
Constituídos pela seiva dos nossos corpos, retratos das nossas vontades, espelho das nossas ações.
Quantas vezes trocamos o tempo que deveríamos estar com nossos filhos por um brinquedo novo, por um tênis de marca ou por uma barra de chocolate.
Quantas vezes não os deixamos na frente da televisão uma hora a mais para podermos ter “um tempinho para nós”.
Quantas experiências de “produções independentes” onde a mãe se acha suficientemente capaz de ser pai, como se a educação de um filho fosse feita pelo pai ou pela mãe. Não o é!
Um filho é educado na sua essência.
E a sua essência é o fruto da relação entre pai e mãe.
Dois corações que unidos no amor, geram amor: Essência de Deus! Ciclo natural da vida.
O gosto da uva dependerá do cuidado com a videira.
O ramo a ser replantado dependerá de como a poda foi feita.
Não nos esqueçamos: somos eternamente responsáveis pelo que cultivamos.


segunda-feira, 12 de outubro de 2009

O SER E O NÃO SER DO MUNDO



Na redoma da vida Temos o livre arbítrio.
Podemos escolher em “ser”do mundo, ou, “estar” no mundo.


Para ser do mundo, basta seguir a corrente e deixar-se levar pelas ondas que nascem e morrem a cada instante. No entanto, para estar no mundo e não deixar-se dominar por ele é necessário muita coragem, persistência e determinação. É ser como a águia. Alçar vôo cada vez mais alto, cada vez mais veloz e preciso. Todavia, é certo preparar-se antecipadamente. Substituir os antigos hábitos, deixar de arrastar as pesadas penas, que impedem nosso vôo e nos fazem velhos, na flor da idade.É como se fôssemos contra a corrente. Não é por que a maioria faz, que é certo fazer. Nem tão pouco é errado o que ainda não foi feito ou o que é praticado por um número menor de pessoas. É importante redescobrir e reaprender o verdadeiro sentido das coisas. A sua verdadeira essência, o seu verdadeiro valor. Com a velocidade em que o mundo caminha, com tantas evoluções tecnológicas em tão pouco tempo, fica impossível acompanhá-lo sem que se perca muitos valores e sentimentos. Com tanta transformação em tão pouco tempo, perdemos a noção do que é certo ou errado e muitas vezes embolamos o meio-de-campo, como diz os homens, até mesmo sem perceber. Valorizamos muito os bens temporais, como o computador, o vídeo game, o tênis de marca, e nos esquecemos, na maioria das vezes, de dar calor humano ao colega que está ao nosso lado, naquele momento. Acredito ser um preço muito alto a se pagar por um produto que se modifica com tanta rapidez. Uma das coisas mais belas que aprendi é que ainda se pode confiar nas pessoas, em suas palavras, sonhos e promessas. Devemos retribuir a todo carinho com que somos tratados, desta forma, criamos um círculo de relacionamento onde o que predomina é o amor e a confiança. Quando erramos, e erramos, fica muito mais fácil recomeçar por que confiamos uns nos outros. E isso nos faz acreditar ainda mais em nós mesmos, na nossa capacidade de contribuir para que as mudanças aconteçam e de fazer com que o nosso hoje se constitua num ponto positivo, capaz de melhorar ainda mais o nosso amanhã e de toda a comunidade a que pertencemos. Deixamos de ser o “eu” do mundo, para sermos um “nós”. As forças se multiplicam. As possibilidades se multiplicam. A caridade se multiplica. E tudo que doamos, por mais ínfimo que seja, retorna em abundância. Dons materiais e espirituais podem ser colocados em comum. Desde um simples copo d’água, um sorriso, um aperto de mão, ou até mesmo trabalharmos todo um fim-de-semana reformando a casa do vizinho ou a escola. Fazer por amor a vontade do outro, quando o que eu mais queria era fazer a minha própria vontade: este é um outro dom que pode ser compartilhado diariamente, mesmo que exija de nós uma força sobrenatural. Tudo pode ser compartilhado, tudo. Até mesmo nossas orações e nossos pensamentos. Aliás, nossos pensamentos são o alimento da nossa consciência. Por tanto, devemos vigiá-los constantemente.

Pense nisso.

Paz e bem!

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sexta-feira, 9 de outubro de 2009

O MENINO QUE QUERIA VOAR


O menino que queria voar desponta como uma ótima opção para o entretenimento infanto-juvenil. É um ótimo livro para estabelecer, fortalecer ou ampliar relacionamentos de amizade, familiares, interpessoal e espiritual.
Os personagens, através de seus atos, ensinam a verdadeira face da afetividade e da fraternidade, participando de uma empolgante aventura, lutando pela sobrevivência.
Este livro desponta como um atrativo moderno que cativa o leitor da primeira à última página.
Antes mesmo de ser lançado no mercado literário, a obra desperta interesses de leitores de várias faixas etárias, fazendo surgir críticas que valorizam, em muito, a qualidade da obra:
"ao ler o livro “o menino que queria voar”, gostaria de fazer algumas colocações: é um livro bastante expressivo, com idéias muito ricas, inteligente, pois aborda vários assuntos interessantes e com muitos detalhes.embora os personagens sejam quase todos infantis, os diálogos têm caráter sério, reflexivo e objetivo, pois traz lições importantes para o cotidiano.de fácil comunicação, e nesse processo de emissão, transmissão e recepção de mensagens dos personagens, evoca pensamentos, alvos, realizações, (queria voar) idéias, aconselhamento, ficção, sonhos, preocupações com relacionamentos em amor com pessoas, com o meio ambiente e com o próprio criador. Creio que seja um excelente roteiro para um filme.
Parabéns! Que Deus te abençoe com excelente divulgação"!
Olga Lima Monte Cardoso. Formada em letras anglo portuguesa, literaturas da língua portuguesa, teologia básica e missiologia. Pós-graduada em administração escolar, orientação educacional e supervisão escolar.

"Parabéns! A narração é ótima, a idéia é muito interessante, misteriosa e intrigante. Não dá vontade de parar de ler para saber o que está acontecendo e como vai acabar. O livro é rico em detalhes e bastante educativo. Acredito que fará sucesso entre crianças e pré-adolescentes, além é claro, de todos que gostam de estórias infantis, e, por último, o livro possibilita reflexões sobre diversos temas da vida".

Fernanda Costa Luz Rossi Bergamo. Psicóloga. Professora universitária. Mestre em psicologia clínica e psicoterapia.



Eu escolho para você,
O que você escolher para si*...

Nisso consiste a liberdade;
A verdadeira liberdade do amor.
Quando se ama, embasado somente no natural do ser humano,
muitas vezes nos tornamos mesquinhos
ao ponto de entendermos
– conscientes ou não –
que a pessoa amada é nosso “patrimônio”,
independente do grau de parentesco ou afinidade.
Portanto, se o amor floresce pela (o) esposa (o),
subjugamo-na (o) a tal ponto
de interferir diretamente nas suas decisões mais íntimas.
Caso o amor desencadeado seja por um filho,
além de subjugá-lo,
muitas vezes podamos até mesmo
a mais ínfima possibilidade de decisão,
colocando-o como “a mais bela cópia de nós mesmos”.
E quantas vezes não nos apossamos, em nome do amor,
de amigos, parentes, objetos e objetivos?
Antes mesmo de fazermos a nossa primeira escolha,
Deus nos escolheu.
Escolheu-nos na liberdade,
de forma a dar também a nós
a possibilidade de escolhê-lo.
A escolha de Deus,
passa primeiro pela escolha do amor,
essência de Deus.
Quando amamos imersos na escolha de Deus,
amamos também na liberdade:
“Eu escolho para você, o que você escolher para si.”
Esta é a medida com a qual podemos avaliar
o quanto amamos realmente.
O verdadeiro amor provém Daquele que é o amor.
Quando amamos mergulhados na escolha de Deus,
submergimos ao encontro do homem e,
emergimos como uma nova criatura
onde funde-se o divino no humano, o corpo e o espírito,
a razão e o sentimento,
numa mágica mistura que liberta e transforma.
O amor na liberdade, não escraviza – compartilha.
Não divide – multiplica.
O amor na liberdade deixa livre todas as “coisas”,
mesmo por que, livres são todas as coisas.
Deixando livre tudo que amamos,
damos a elas a possibilidade de partirem.
Caso retornem, fazem realmente parte das nossas conquistas.
Por via, se não retornarem, jamais nos pertenceram**.
Quando amamos na liberdade, não sufocamos
e damos ao amado a possibilidade da escolha.
Um ser amado na liberdade amadurece a seu tempo,
aprendendo a amar.
Não pula etapas importantes da vida
nem se perde ao longo dela.
Cria vínculos profundos capazes de suportar
as tempestades da alma humana.
O amado, ao seu tempo, é capaz de buscar dentro de si,
o mais amplo sonho e realizá-lo.
Torna-se esteio, sustentáculo de uma nova criatura
que nasce primeiro dentro de si,
embasada em novos ideais e, depois aflora,
transformando seu meio.
Quando escolhemos o amor na liberdade,
escolhemos Deus
e nos tornamos partícipes da criação.
Eu escolho para você,
O que você escolher para si...
*Frase de Neale Donald Walsch
**Frase de autor desconhecido

MARGARIDAS


BEM-ME-QUER,

MAL-ME-QUER...

BEM-ME-QUER,

MAL-ME-QUER...

ACABEI COM A VIDA

DE UMA MARGARIDA!

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CHÃO DE ESTRELAS


ESTRELA DE NINGUÉM



Foste em mim...
Estrela de minhas estrelas;
Razões de minhas razões;
Poesias em minhas poesias,
Paixões,
Alegrias!

Foste em mim...
O sol, de tantos girassóis;
A cristalina água,
Da cascata liberta
De meus sonhos.
Encantos,
Encontros,
Fantasias!

Foste em mim...
Em passado tão recente,
A emoção presente
Em sonhos de amor.

E hoje,
Entre sonhos desfeitos,
Caminhas, sem jeito,
Arrependida da traição.

E no negro céu que te cobre,
Sozinha descobre,
Que se és estrela...
É estrela,
Aos olhos de ninguém!


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GÉLIDO



Chuva fria
Cai dentro de mim!
Fria,
como meu interior;
Molhada,
Como meus olhos castanhos;
Fértil,
Como minha imaginação;
Lenta,
Como os dias que marcam,
Passo a passo,minha solidão.
A solidão e eu.
Eu e a solidão!
Fria chuva de inverno;
Inverno que nasce
Dentro de mim.

O AMOR E A PAIXÃO



A paixão passa! O amor fica. No entanto, se faz necessário regá-lo constantemente.Uma flor que nasce no jardim da vida, mesmo que não morra, com o passar do tempo pode perder sua plástica e seu perfume.

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O QUE FIZESTE COM OS DONS QUE LHE DEI?

O que responderíamos a Deus, se no juízo final, frente a frente, ouvisse esta indagação? Muitas vezes em nossa vida usamos muito mal os dons que recebemos de Deus.
Outras vezes, cobramos um preço muito alto pelo que recebemos gratuitamente. Igino Giordani* escreveu: “- Um escritor que crê, não pode perder tempo com coisas inúteis; seus escritos devem sempre doar Cristo”.Não seria assim com todos os dons que recebemos?
Um orador em sua fala, dom gratuito de Deus, não deveria transmitir Cristo?
Um músico, em suas canções não deveria fazer o mesmo?
Levando em consideração que tudo provém da criação, tudo o que temos é dom de Deus.
Se Dele provém, a Ele deve retornar.
E como servos, devemos multiplicar nossos dons,
compartilhando-os de forma a transmitir uma só mensagem: - Cristo.Quantos dons recebemos?
Dezenas, centenas. Dons, não são somente aquelas coisas que fazemos de extraordinário. São as coisas que fazemos com amor. Simples, como é a vontade de Deus para cada um. Passar manteiga no pão que será servido a alguém, poder ser um dom inestimável,
se o próximo o perceber no amor.
Cantar uma canção, buscar um copo d’água, escrever um livro, dar um sorriso,
cuidar de um doente por anos a fio ou um simples olhar.
Tudo é dom de Deus.
Não importa o tamanho, a grandeza. Importa o quanto amamos.Escrever, cantar, estudar, aconselhar ou até mesmo ouvir para mostrar o dom que temos, nada mais é que egoísmo. Ouvir, falar ou escrever para doar Cristo é dom divino. Multipliquemos então nossos dons, colocando-os a serviço. No entanto, não o façamos por nós, nem pelo quanto receberemos por pagamento.
Façamos por amor.
Façamos por sermos servos dignos dos dons que recebemos.
Um dia Ele nos perguntará:- Que fizeste com os dons que lhe dei? (Mateus 25, 14-30)

*(Igino Giordani – escritor e político Italiano – Blibliotecário do Vaticano e Co-Fundador do Movimento Focolares )

Nivaldo Mossato

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

QUANDO O HOMEM AMA

QUANDO O HOMEM AMA

Quando o homem ama
Sua alma se eleva
E a porta do céu se abre.
É quando Deus o chama
Para viver na Terra
Sua santidade.
É isso que acontece
Quando a vida é uma prece
E o homem ama,
Ama de verdade!

Quando o homem ama
O universo conflui
Para sua liberdade.
Seu coração se inflama,
E seu amor espalha rama
Sobre toda a humanidade.
Caem todas as fronteiras,
São derrubadas as barreiras,
Somem as desigualdades.
Não mais há diferença
De etnia, de crença,
Cultura ou idade.
Isso tudo desaparece
Quando o coração se enobrece
E o homem ama,
Ama de verdade!

Quando o homem ama
A natureza converge
Para sua felicidade.
Em terra tão formosa
A semente generosa
Tem brotar fecundo.
Seu campo se cobre de flor,
E seus joelhos se dobram em louvor,
Ao Eterno Pai, Criador,
De todas as coisas
Deste mundo.
E o Pai, por ele amado,
Não se deixa ver, derrotado,
Em generosidade e gratidão.
Devolve-lhe na colheita
O cêntuplo do que foi plantado:
No baú do seu celeiro,
Além do alimento pro ano inteiro,
Há a alegria de ter amado!

É isso que acontece
À humilde alma, que de amor fenece,
Sem esperar por ser amado!

Quem sou

Nascido em Itambé, estado do Paraná, em 10 de abril de 1.959.
Empresário, acadêmico em psicologia, integrante da ALM – Academia de Letras de Maringá, possui MBA em Gestão Empresarial, ministra cursos e palestras abordando temas administrativos, motivacionais, de relacionamento interpessoal e espiritual.
É autor dos livros Sedução (1982), Emoções (1986), produções independentes – Prêmio Literatura da União dos Escritores de Maringá, 1986 - O menino que queria voar (2007) – prelo – Do outro lado da cruz – reflexões para o homem de hoje (2008) e do caderno de treinamento empresarial Prodege – Programa de Desenvolvimento Gerencial e Empresarial (2.004).