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Maringá, Paraná, Brazil
Às vezes se faz necessário caminharmos contra a corrente para descobrirmos a nós mesmos. O exercício se resume em olhar nos olhos daquele que vem ao nosso encontro!

sábado, 20 de fevereiro de 2010

AS FACES OCULTAS DO AMOR






Uma das grandes faces do amor é a preocupação. Se nos preocupamos com alguém é porque esta pessoa já faz parte de nossa vida e ocupa um espaço dentro do nosso coração. Mas a preocupação também tem suas faces: “- O lado bom e o lado ruim”.
A preocupação com seu lado bom deixa transparecer no outro a liberdade de ação. No entanto, se és livre para agir e pensar tem que ser responsável pelos seus atos. Um dos grandes pensamentos inspirados por Deus nos homens quanto à liberdade nos revela:
“- Amo todas as coisas que tenho. Porém, deixo-as livres para ficarem ou partirem. Se partirem, saberei esperá-las no amor. Se não retornarem, é porque jamais me pertenceram(*)”.
As pessoas passam a fazer parte das nossas vidas pelo simples fato de nos relacionarmos diáriamente. Este relacionamento, estreita-se quando passamos a nos preocupar com o outro. É infinitamente impossível para nós, seres humanos, entendermos com nossa razão, os caminhos e os desígnios de Deus para cada um de nós. Não conseguimos, às vezes, aceitar nossos próprios erros ou as conseqüências que eles nos trazem. Nossa maior preocupação na realidade, deixa de ser nossos erros ou as virtudes dos outros. Nossa maior preocupação são os “defeitos” que vemos nos outros. São tantos, que com o passar dos anos, já os decoramos. A cada passo, a cada atitude do outro, já sabemos como reagirá.
Passamos a conhecer o íntimo do outro de tal forma que nem ele mesmo percebe o quanto o conhecemos. Com o tempo, o copo vai se enchendo de tal maneira, que as pequenas coisas passam a ter um peso enorme, quase insuportável. Basta uma gota para o copo transbordar.
O dia-a-dia, a rotina da casa, do trabalho, da família. O corre-corre dos filhos. Tudo é motivo de preocupação. Mas, esta preocupação é amor? É a vontade de Deus para nós e para o outro no momento presente?
Há dúvidas? Então, é hora de parar!
Dar um basta em toda preocupação e descobrir de que lado você está.
Do lado bom ou ruim?
De um lado está o perdão, o recomeço. Do outro, a solidão.
De um lado, o afago, o carinho, o companheirismo. Do outro, o homem velho, pronto para assumir, quando você desistir. Torcendo pelo seu tropeço, pela sua ira, pela sua derrota.
Deus nos ama imensamente e pensou cada segundo de nossas vidas. Nada acontece sem Sua permissão ou vontade. Devemos repensar, com muito cuidado, qual é a vontade de Deus para cada um de nós. Disso depende o futuro. E o futuro é construído no agora. Em cada passo, em cada gesto, em cada palavra. O livre arbítrio nos dá, acima de tudo, a liberdade de errar. E se errar, reconhecendo o erro, temos a liberdade, em Deus, de recomeçar.

Somos novos no amor.
Basta darmos o passo. Um passo verdadeiro. “Quem crê, nova criatura é”.
A razão humana, não nos leva muito longe. Ou quando leva, não nos plenifica.
Somos plenos só em Deus.
O passado, mesmo o de um minuto atrás, deve apenas nos servir de guia para que não cometamos os mesmos erros, no presente e no futuro. As amarras devem ser cortadas, mesmo que nos custe noites e noites de sono ou abandono. Não importa o quanto somos santos ou pecadores. Importa sim, estarmos sempre a caminho de um recomeço que possa mostrar ao outro, não com palavras, mas com a vida, o quanto podemos amar. Devemos “perder” um tempo com aquele que amamos para valorizarmos ainda mais as nossas conquistas.
Podemos ser pessoas vencedoras, bonitas perante Deus.
Descobrir um caminho novo dentro nós e deixar transparecer toda a luz que Deus reservou para cada um, no Seu infinito céu de amor.
(*) Frase de autor desconhecido

sábado, 13 de fevereiro de 2010

UNICIDADE NA DIVERSIDADE

Desde o momento da nossa concepção, somos diversidade.
Duas pessoas se unem, para gerar um novo ser: único, porém, múltiplo!




Poderia dizer-lhe para que olhes dentro de si,

por que sua felicidade estaria lá, à sua espera.

No entanto, digo-lhe para que olhes para fora de si,

em direção ao outro:

é lá que você encontrará a si mesmo

e a sua real felicidade.

Somos constituídos 'seres humanos'

na relação direta e indireta com o outro.

'SOMOS SERES ÚNICOS, NÃO SOZINHOS'.

Se repetires mil vezes que amas a Deus, sem 'buscá-lo' no irmão; mentirás mil vezes, para ti e para Deus!

sábado, 6 de fevereiro de 2010

O LENCINHO - Uma lição de vida

Maria Clara no Show do GEN VERDE* - Maringá, maio 2002







Era julho de 2.002. A copa do mundo já havia começado. A novela global lançava mais uma ‘febre’ no mundo da moda: lencinhos amarrados na cabeça.
Maria Clara, minha filha caçula, na época com seis anos, lutava contra um linfoma que colocava sua vida sob um fio de navalha.
Devido a várias sessões de quimioterapia seus cabelos haviam caído, deixando-a carequinha. Naquele fim de semana ela foi convidada para uma festinha de aniversário de uma das suas coleguinhas.
Priscila, uma de suas irmãs, preocupada com o impacto que as amiguinhas teriam com a presença da Maria, trouxe-lhe vários lencinhos de cabeça de presente.
Curiosa, a Maria logo perguntou:
- Tata, o que é isso?
- São lencinhos pra colocar na cabeça. É a última moda, sabia?! Todo mundo está usando, e você vai ficar linda com eles!
A Priscila colocou um lencinho na cabeça da Maria Clara, amarrou e fez muitos elogios:
-Ficou lindo! Você vai arrasar! Vai fazer o maior sucesso.
A Maria ficou toda faceira. Olhou no espelho, virou pra cá, virou pra lá e, após alguns instantes em silêncio, falou:
-Tata, quem gosta de mim, vai gostar de mim de qualquer jeito. Eu não quero usar nada na cabeça. Tô legal assim.
Acredito que para não desmerecer o presente ou deixar a irmã triste, naquele dia ela foi à festinha com o lenço. No entanto, chegou em casa sem ele. Nunca mais o usou.

Sempre me recordo daquele dia e das lições que aprendi com ele. Há também um outro registro numa das páginas amareladas da minha agenda daquele dia: ‘Hoje aprendi que para amar o outro, verdadeiramente, se faz necessário irmos além das aparências, crenças ou estado de humor. A maior virtude não está em amar quem nos é afetuoso, mas em amar nossos inimigos. Nisso consiste a misericórdia’.

*GEN VERDE é um grupo musical (Movimento Focolare) formado por pessoas de diferentes etnias que, vivendo o amor recíproco, leva uma mensagem de unidade ao mundo inteiro.
http://www.youtube.com/watch?v=ck_vB01a7Vo&feature=related