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Maringá, Paraná, Brazil
Às vezes se faz necessário caminharmos contra a corrente para descobrirmos a nós mesmos. O exercício se resume em olhar nos olhos daquele que vem ao nosso encontro!

quarta-feira, 19 de maio de 2010

DADO DO AMOR EM OURIZONA-PR


Em um encontro realizado nas dependências do Colégio Estadual Professor Benoil Francisco Marques Boska, em Ourizona-PR., os professores conheceram as vertentes norteadoras do projeto 'A fraternidade como instrumento pedagógico', pautado nos princípios da Arte de Amar (Chiara Lubich, 1920-2008) onde o 'Dado do Amor' é seu instrumento de socialização, e nas conceituadas teorias do desenvolvimento de Piaget, Wallon e Vygotsky.

O mini curso, com duração de quatro horas, teve como síntese, além de compor o programa de orientação pedagógica, mostrar de forma prática e teórica que a fraternidade vivenciada na comunidade escolar contribui, em muito, com a formação de um aluno-cidadão, conhecedor de seus direitos e cumpridor dos seus deveres.

Ao expor aos professores o objetivo geral do projeto que resume-se em 'resgatar as relações humanas no exercício dos valores de solidariedade, respeito, cidadania e fraternidade, através de atividades lúdicas e interdisciplinares, contribuindo para um melhor comportamento do aluno dentro e fora da sala de aula, ampliando sua capacidade de atenção, assimilação, aprendizagem e socialização', buscou-se também um maior esclarecimento sobre seus objetivos específicos, tais como:
• Capacitar os agentes envolvidos no ensino escolar para a vivencia da fraternidade como prática pedagógica, utilizando o Dado do Amor, com os conteúdos específicos da Arte de Amar, como instrumento de socialização;
• Melhorar os relacionamentos em sala de aula entre os alunos e também com o professor;
• Tornar o ambiente escolar mais prazeroso através de uma cultura de paz;
• Incentivar a comunidade escolar à prática dos valores humanos;
• Conhecer e desenvolver os princípios da Declaração Universal dos Direitos Humanos e o Estatuto da Criança e do Adolescente;
• Crescer o rendimento escolar dos alunos;
• Valorizar o trabalho do professor em sua sala de aula;
• Fomentar a motivação da prática do bem na formação de verdadeiros cidadãos críticos e solidários;
• Tornar prazeroso o trabalho coletivo (direção, professores, alunos, funcionários e pais) na escola;
• Valorizar a diversidade das idéias dos professores e alunos como uma riqueza na coletividade escolar;
• Socializar as experiências vivenciadas pelos(as) professores(as), alunos(as), funcionários(as) e pela direção;
• Auxiliar na redução dos índices de violência nas escolas, e, consequentemente na vida social;
• Promover a redução dos índices de repetência escolar (tida como não aprendizagem);
• Promover a inserção no convívio social;
• Promover o desenvolvimento da capacidade de auto-ajuda e de ajuda mútua;
• Proporcionar o desenvolvimento da espiritualidade (ecumênica);
• Ampliar e/ou promover a inserção da família no contexto escolar como instrumento de apoio ao aprendizado do aluno.
• Avaliar periodicamente o desenvolvimento do Projeto;
• Registrar a vivência dos participantes do Projeto;
• Planejar coletivamente a vivência do Projeto, articulando as dificuldades e sugerindo novas idéias.


Desta forma, observando o projeto dentro de uma visão sistêmica, busca-se alcançar a essência do 'ser e existir' de cada participante, contribuindo para seu melhor desenvolvimento e uma nova visão de mundo.

Segundo a equipe pedagógica do colégio, "(...) Não é difícil compreender que um gesto de amor multiplica a amizade, as experiências, o conhecimento. Os participantes deste encontro, gostaram da mensagem, pois também acreditam que esta filosofia, possibilita perceber a essência do ser humano, e, esta reflexão é significativa para a mudança de mentalidade e atitude, levando-nos à exercitar relações de afetividade no nosso dia a dia".

Observa-se, portanto, que os propósitos deste projeto rompem as barreiras e muros da comunidade escolar, contribuindo com a melhora dos relacionamentos na família e na comunidade em diversos aspectos:
• Mudança nos relacionamentos familiares;
• Mudanças nos relacionamentos intra e interpessoais;
• Desenvolvimento da capacidade de participação em grupos sociais;
• Transformação do contexto social através da inserção, agrupamento, parcerias e participações em outros projetos que venham somar e ampliar a capacidade e o potencial do índice de socialização dos participantes.
• Diminuição da violência familiar;
• Desenvolvimento da espiritualidade na família e na comunidade;

Para alcançar seus objetivos, este projeto busca unir três aspectos fundamentais da aprendizagem: a escola, a família, e o aluno; promovendo um novo olhar (sistêmico) sobre as dificuldades individuais e coletivas, trabalhando o ser humano no âmbito do corpo, mente e espírito em seus aspectos bio-psico-histórico-sócio-cultural; tendo como instrumentos:

A espiritualidade - Como a base da preparação do aluno, (a terra onde será plantada a semente do saber) onde o aprendizado é prático e ininterrupto, levando a criança ao respeito e à convivência pacífica com o próximo, gerando a fraternidade.

O Dado do Amor – Instrumento de socialização que permite à criança e ao jovem uma nova relação com as díades brincar/aprender, viver/socializar através da Arte de Amar, criado e desenvolvido por Chiara Lubich (Itália – 1920 – 2008; fundadora do Movimento dos Focolares).

A psicologia – Como instrumento de direção, controle e monitoramento do desenvolvimento do aluno em sua capacidade de aprendizado e de socialização, através da aquisição, por parte do professor e/ou responsável, do conhecimento e da aplicação de teorias e técnicas específicas ao desenvolvimento do ser humano, contribuindo com o fortalecimento da relação aluno/escola, família/comunidade.

A pedagogia – Como instrumento de transmissão do conhecimento, com seus métodos e formas de ensino, buscando integrar a planilha vigente à uma metodologia sistêmica que leva o aluno, professor e colaboradores a uma nova forma de aprendizado: o aprender para a vida.

O encontro terminou com um delicioso almoço oferecido pelo colégio aos participantes, permeado por laços fraternos que, fortalecidos, contribuirão para as transformações almejadas.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

PALESTRA EM ITAMBÉ - PR - A ARTE DE AMAR E O SENTIDO DA VIDA


Respondendo ao convite elaborado pelo Departamento de Assistência Social da Prefeitura Municipal de Itambé-Pr., através da psicóloga Francislaine Luchezi Moreski e da gestora do CRAS, Luciana Penha Antoniassi Coneglian, ministramos no salão paroquial daquela cidade, no dia 4 de maio deste, a palestra intitulada ‘O sentido da vida: o amor como realização pessoal’.


O evento fez parte de um ciclo de palestras mensais que integram o projeto ‘Cidadão Consciente’, que tem como objetivo, segundo seus organizadores, ‘proporcionar aos participantes o conhecimento e os meios preventivos, em temas diversos, integrando e implementando o envolvimento da população em ações que permitam a auto realização e a excelência do desenvolvimento pessoal’.


Contamos com a presença, entre quase uma centena de participantes, do Sr. Antonio Carlos Zampar, prefeito do município, de sua esposa Sueli Baraudo Zampar e uma heterogenia platéia formada por membros daquela comunidade.


Ao término do evento, após um momento de interação e reflexão, foram sorteados vários brindes aos participantes, entre os quais, alguns livros do projeto ‘O Amor é uma Arte – a fraternidade como instrumento pedagógico’, escrito e vivenciado por dezenas de alunos da Escola Estadual Francisco Perioto do Município de Mandaguaçu-PR.

O tema central da palestra pautou-se nos ensinamentos de Chiara Lubich (Itália,1920-2008), fundadora do Movimento dos focolares, através dos principais aspectos da ‘Arte de Amar, onde o ‘Dado do Amor’ é seu instrumento de socialização, desenvolvimento pessoal e espiritual; e na teoria existencialista de Viktor Emil Frankl (Viena,1905 — 1997), psiquiatra e psicólogo austríaco, que através da Logoterapia, criada por ele, cedeu-nos seus preceitos.


Sobre Chiara Lubich e Viktor Frankl vale aqui mencionar algumas particularidades interessantes: ‘enquanto nos campos de concentração, entre eles Auschwitz, Viktor Frankl era prisioneiro e vivenciava os horrores da segunda guerra mundial, Chiara Lubich, em Trento, na Itália, no mesmo período, era também vítima da mesma guerra, e que, entre um bombardeio e outro, via à sua volta tudo desmoronar: casas, hospitais, escolas, idéias e ideais.


Enquanto Frankl questionava qual o ‘sentido em sobreviver entre tantas mortes e destruição’, e se, ‘haveria algum sentido em tanto sofrimento’; Chiara questionava se ‘haveria no mundo algo que as bombas não pudessem destruir, e que, pelo qual valeria a pena viver’.

Ambos descobriram, cada qual de uma forma, de uma maneira específica, seus caminhos: sobreviveram aos horrores da guerra e extraíram desta terrível experiência um sentido maior para suas vidas. Contribuíram e contribuirão sempre, com seus preceitos e com suas vidas, para que a humanidade descubra que a real felicidade não está ‘dentro de cada um de nós’, e sim, fora de nós, na relação fraternal com o outro.

Viktor Frankl afirma que tudo na vida tem um sentido, e que, cabe a cada um de nós descobri-lo. Até mesmo no sofrimento mais brutal pode-se encontrar um sentido, um significado, se estivermos com nossa ‘bússula interior – o espírito humano’ voltado para o supremo significado. O sentido de nossa vida é inerente à nossas escolhas. Somente nós mesmos podemos encontrá-lo; e este encontro só ocorre se nos desapegarmos de nós mesmos e nos projetarmos em direção ao outro.


Chiara Lubich descobriu que o único ideal que uma bomba não poderia destruir, e que, por ele valeria a pena viver e até mesmo morrer, era Deus! E nesta descoberta, tão nova e tão antiga, deparou-se com outra realidade: Deus é Amor. Deus nos ama imensamente. ‘Mas se Deus é amor e nos ama imensamente, como nós, filhos de Deus, imagem e semelhança de Deus, podemos corresponder a este amor’? Pensou Chiara, e a resposta não tardou: Amando! Descobrindo Deus em cada um dos nossos irmãos. Vivendo-O no outro, vivo-O em mim mesmo.


Dois caminhos que nasceram sob as bombas e a crueldade humana, durante a segunda guerra mundial, se transformaram em caminhos de liberdade, de amor e esperança, para milhões de pessoas em todo o mundo. Dois aspectos norteadores que nos levam a uma só reflexão: só encontramos o ‘sentido’ de nossas vidas, na medida em que nos despojamos de nós mesmos e nos ‘arremessamos’ em direção ao outro. A felicidade consiste em fazer alguém feliz, pois, no amor, o que vale é amar!


"Nós que vivemos nos campos de concentração podemos lembrar de homens"que andavam pelos alojamentos confortando a outros, dando o seu último pedaço de pão. Eles devem ter sido poucos em número, mas ofereceram prova suficiente que tudo pode ser tirado do homem, menos uma coisa: a última das liberdades humanas - escolher sua atitude em qualquer circunstância, escolher o próprio caminho." (Viktor Frankl).


“Se tentares viver de amor, perceberás, que aqui na terra, convém fazeres a tua parte. A outra não sabes nunca se virá, e não é necessário que venha. Por vezes, ficarás desiludido, porém jamais perderás a coragem, se te convenceres de que, no amor, o que vale é amar! (Chiara Lubich).

terça-feira, 11 de maio de 2010

ITAMBÉ MINHA TERRA QUERIDA

Este poema é uma homenagem à minha Terra natal,
Itambé-PR., onde vivi tenra e feliz infância.


Vim rever-te, minha Terra;
Saúdo teu verde, sobre as águas do Ivaí.
A saudade em meu peito se fez quimera,
Das tantas primaveras que em teu seio vivi.


A poeira das tuas ruas, onde outrora,
Pegadas de menino eu deixei;
São marcas que construíram minha história,
É por isso, minha Terra, que eu voltei.



O Olavo Bilac, que às mãos de Eulália,
Os primeiros traços, no brochura rabisquei;
O teu hino, melodia que em meu sangue espalha,
São hoje, versos de um poema que sonhei.


Vim rever-te, minha Terra, minha sina.
Matar as saudades da casa de meus pais;
Banhar-me nas águas do ‘Keller’ e do ‘Bonina’,
Correr pelas pastagens, campos, e matagais.

Soltar pipa, maranhão sem rabiola,
Chupar manga, gabiroba e ‘Maria-preta’,
No campinho de terra, brincar de gude e jogar bola;
E aos domingos, o passeio de Lambreta.



O coreto, a igreja, a pracinha iluminada,
Onde tantas noites de pique-esconde brinquei;
O cinema do ‘Gigi’, o teatro da criançada,
Lembranças mil, que no peito eu guardei.



Vim rever-te, minha Terra,
Matar as saudades, curar os meus ‘ais’;
Doce infância, feliz primavera,
De um tempo distante, que não volta mais.
Nivaldo Donizeti Mossato - 10 de abril de 1959 - Itambé - Paraná - Brasil



sábado, 8 de maio de 2010

DIA DAS MÃES


O maior presente
que
uma
mãe
poderia receber
neste dia
seria (re)descobrir
que já o recebeu
no exato momento
em que
seu filho nasceu!
O maior presente do mundo é ser mãe!